Estamos em fuga. Fugimos de nós, fugimos daqui, fugimos do agora. Corremos no tempo e no espaço. Fugimos das pessoas, dos lugares, das coisas. As pessoas, os lugares e as coisas fogem de nós. E perdemo-nos. E encontramo-nos a fugir.
Fugimos de nós mesmos, em movimentos centrífugos de procura de felicidade. Fugimos das situações e das pessoas que nos são desconfortáveis. E quando, num movimento centrípeto de introspecção, encontramos um turbilhão de pensamentos, desejos e dualidades, voltamos a fugir de nós.
Às tantas não sabemos se vivemos dentro ou fora de nós.
O que gostavas de ter mais na tua vida? Tempo – é uma das respostas no podium. Tempo para a família, tempo para os amigos, tempo para passear, tempo para descansar, tempo para respirar, tempo para viver! Queremos mais tempo daquele tempo em que não queremos fugir. Daquele tempo em que cada momento é suculento e o desfrutamos até à última gota. Não importa se com lágrimas, se com sorrisos. Sabemos bem que tempo é esse que desejamos: esse que o vivemos em presença absoluta. Nesse tempo não existe o medo que se acabe, porque ele é infinito no seu momento; não existe a vontade de estar noutro lugar, porque ali é o sítio perfeito.
Nesse tempo – que vivemos volta e meia e que, volta e meia, desejamos viver – estamos completos, em comunhão com tudo o que acontece dentro e fora; não cabem as crenças, as máscaras ou as expectativas. É nesse tempo que nos percebemos vivos por inteiro.
A vida não foge, somos nós que fugimos da vida.
Num percurso de desenvolvimento transpessoal vivemos cada vez mais esse tempo. Porque ele está aqui, agora, sempre disponível. Onde e quando quer que estejas, és tod@ tu que aí está! Com o tanto que isso é.
Um processo de acompanhamento transpessoal dá-te tempo. Tempo para ti mesm@. Tempo para observares, escutares e dares-te conta dos teus processos íntimos e de toda a grandeza que transportas em ti. Quando reconheces a tua Verdade onde quer que vás, seja quando e com quem for, vives o teu tempo.
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